Vereador Anjinho contradiz prefeito Canella e revela que folhas de ponto de dezembro existem, mas salários não foram pagos.
Durante um discurso na Câmara Municipal, o vereador Ângelo Anjinho
tentou se defender da acusação feita por Diagar Aguiar, que registrou um boletim de ocorrência contra ele por calúnia e difamação.
Porém, no meio da sua longa fala de defesa, Anjinho acabou revelando algo muito mais grave: a existência das folhas de ponto dos servidores da Prefeitura de Belford Roxo referente a dezembro de 2024.
A fala contradiz diretamente a justificativa dada pelo prefeito Márcio Canella (União) para não pagar os salários dos contratados exonerados no primeiro dia de governo, em janeiro de 2025.
Logo após assumir a prefeitura em janeiro, Márcio Canella exonerou todos os contratados da gestão anterior sem efetuar o pagamento do mês de dezembro, alegando que:
“Não temos como saber quem trabalhou em dezembro. O ex-prefeito sumiu com todos os documentos.”
Esse foi o argumento usado pelo governo para justificar o calote generalizado que atingiu professores, médicos, motoristas e auxiliares de serviços gerais.
A promessa de campanha de Canella era clara:
“Não haverá perseguição e ninguém será exonerado injustamente.”
Mas no primeiro ato oficial, ele fez justamente o contrário: demitiu em massa e deixou centenas de servidores sem salário.
Ao tentar se defender na tribuna, o vereador Ângelo Anjinho trouxe à tona a declaração de que, foi averiguar se os médicos da Policlínica do Parque São José realmente estavam sem receber desde outubro, e as folhas de pontos estavam assinadas e eles estavam recebendo.
A confissão levanta questões gravíssimas:
Se o vereador teve acesso às folhas de ponto, por que o prefeito disse que não tinha como saber quem trabalhou dezembro?
Se os registros existem, por que os contratados que realmente trabalharam não receberam?
Quem está mentindo para a população: o prefeito ou o vereador aliado?
A revelação feita por Anjinho desmonta por completo a narrativa do governo e reacende a cobrança por justiça aos ex-servidores.
Durante a campanha, Canella afirmou que haveria respeito com os trabalhadores. Mas o que se viu foi:
Demissão em massa no primeiro dia de gestão;
Não pagamento de salários de dezembro;
Falta de transparência sobre documentos administrativos;
Contradições internas sendo expostas por aliados.
A prefeitura nunca apresentou um relatório técnico ou jurídico que comprove o sumiço dos documentos — agora sabemos que eles existem.
A fala de Anjinho, mesmo sem intenção, entrega que o governo tinha, sim, condições de identificar quem trabalhou em dezembro.
Se existe folha de ponto, deveria existir pagamento.
O silêncio da Prefeitura agora é insustentável.
A população exige respostas.
A justiça exige que os direitos trabalhistas dos ex-funcionários sejam respeitados.
O Portal de Bel está a disposição da prefeitura caso queira se manifestar
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