Suspeito de planejar ataque em show da Lady Gaga é solto após pagar fiança

TJ-RS confirma que Luís Fabiano da Silva passará por audiência de custódia; investigação envolve tentativa de ataque a público LGBTQIA+

Luís Fabiano da Silva, apontado como um dos mentores de um plano para realizar um ataque a bomba durante o show da cantora Lady Gaga no último sábado (3), foi solto após pagamento de fiança. A informação foi confirmada pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS). O suspeito, preso horas antes da apresentação histórica em Copacabana, agora aguardará a audiência de custódia.

Lady Gaga reúne mais de 2 milhões de pessoas em Copacabana

Plano foi organizado em fórum online com discurso de ódio

As investigações revelaram que o ataque estava sendo planejado desde a segunda-feira anterior ao evento, dia 28 de abril. Segundo a Polícia Civil, os suspeitos utilizavam a plataforma Discord — bastante conhecida por comunidades online — para disseminar conteúdos violentos, inclusive voltados para crimes de ódio contra crianças, adolescentes e o público LGBTQIA+.

O objetivo dos envolvidos seria promover um “desafio coletivo” durante o show, atraindo vítimas específicas para a ação criminosa. A proposta de atentado, segundo os investigadores, visava chamar atenção e gerar notoriedade dentro dos grupos extremistas virtuais.

Apesar de nenhum artefato explosivo ter sido encontrado durante as diligências, as autoridades afirmam que havia indícios claros de que os suspeitos pretendiam levar bombas ao evento. Segundo a investigação, essas bombas poderiam ser caseiras, o que dificultaria a identificação prévia.

Operação envolveu quatro estados e prendeu também um adolescente

Além da prisão de Luís Fabiano no Rio Grande do Sul, um adolescente foi detido no Rio de Janeiro. Ele seria um dos responsáveis pela execução do plano e foi apreendido por armazenamento de pornografia infantil. No total, a operação teve nove alvos, espalhados pelos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul.

Foram realizados mandados de busca e apreensão nas casas dos suspeitos, de onde foram levados computadores, celulares e outros materiais que serão fundamentais na próxima fase das investigações.

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Delegados destacam importância da operação

Em coletiva realizada no domingo (4), o delegado Felipe Curi, secretário da Polícia Civil, destacou o sucesso da operação e o risco evitado:

É terrorismo. Eles planejavam um ataque terrorista. Até por isso estamos divulgando somente agora, para não criar alarde, espalhar pânico. A operação salvou centenas de vidas

O delegado Luiz Lima, titular da Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI), informou que os líderes já foram identificados e presos:

Os líderes que pretendiam que o massacre acontecesse foram presos. Os demais tiveram objetos apreendidos, que passarão por análise.

A operação não interferiu no show, que aconteceu conforme o previsto e reuniu mais de 2 milhões de pessoas na orla de Copacabana, no Rio de Janeiro.

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