Casos de VSR e Influenza A disparam no Brasil

Brasil enfrenta aumento de casos de VSR e Influenza A, com alta de internações por SRAG. Vacinação é essencial para conter avanço.

O Brasil vive um cenário preocupante de aumento de infecções respiratórias. Dados divulgados pelo Instituto Todos pela Saúde (ITpS) e pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) apontam um crescimento expressivo nos casos de vírus sincicial respiratório (VSR) e influenza A desde março de 2025.

Segundo os relatórios mais recentes, 16 das 27 unidades federativas estão em estado de alerta, risco ou alto risco para síndrome respiratória aguda grave (SRAG). A situação exige ações urgentes, principalmente no reforço da vacinação.

Onde os surtos são mais intensos?

  • Região Sudeste, Goiás e o Distrito Federal lideram em número de casos de VSR.

  • A influenza A está em crescimento desde dezembro, afetando todas as faixas etárias, com destaque para as regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul.

O VSR está gerando muitos casos graves em crianças pequenas, enquanto a influenza A tem afetado também adultos e idosos

destaca o boletim Infogripe

Estados como Amazonas, Pará e Mato Grosso do Sul apresentam alta em jovens, adultos e idosos. Já São Paulo preocupa por registrar aumento em todas as faixas etárias acima dos 15 anos.

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Por que isso está acontecendo?

Segundo a infectologista Emy Akiyama Gouveia, do Hospital Israelita Albert Einstein, a queda de temperatura favorece a transmissão:

As pessoas passam mais tempo em ambientes fechados e mal ventilados, o que facilita a circulação dos vírus respiratórios

Vacinação: a principal arma contra o surto

A vacina contra a influenza A é fundamental:

“Mesmo vacinada, a pessoa pode pegar a gripe, mas a vacina reduz o risco de quadros graves”, afirma a infectologista.

A vacina é segura e feita com vírus inativado, não sendo capaz de causar a doença. É comum apresentar sintomas leves, como dor local ou febre nas 48h após a aplicação.

A campanha nacional de vacinação começou em 7 de abril de 2025 e atende grupos prioritários, incluindo:

  • Crianças de 6 meses a menores de 6 anos

  • Gestantes e puérperas

  • Idosos com 60 anos ou mais

  • Povos indígenas e quilombolas

  • Pessoas em situação de rua

Novas opções contra o VSR

Na rede pública, o palivizumabe (AstraZeneca) está disponível para bebês de alto risco, incluindo:

  • Prematuros com até 28 semanas e 6 dias

  • Bebês com displasia broncopulmonar

  • Crianças com cardiopatia congênita

Na rede privada, há duas vacinas contra o VSR:

  • Arexvy (GSK): para idosos

  • Abrysvo (Pfizer): para gestantes, idosos e adultos com comorbidades

A vacina para gestantes é aplicada entre 24 e 36 semanas de gestação e transfere anticorpos ao feto ainda no útero.

O nirsevimabe (Sanofi), recomendado para crianças com comorbidades até 2 anos, foi incluído no SUS, mas só deve estar disponível no segundo semestre de 2025. Na rede particular, já pode ser adquirido.

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