Grupo atuava com desinformação e inclui militares e policial federal.
A 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por unanimidade, transformar em réus sete denunciados por envolvimento em uma trama golpista que tinha como objetivo manter Jair Bolsonaro no poder de forma ilegal.
Os acusados pertencem ao chamado núcleo 4 da organização criminosa, voltado a operações estratégicas de desinformação.
Segundo a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), o grupo atuava disseminando notícias falsas, ataques virtuais e criando um ambiente de instabilidade social para favorecer uma possível ruptura institucional.
Os sete envolvidos são:
Ailton Gonçalves Moraes Barros (ex-major da reserva do Exército)
Ângelo Martins Denicoli (major da reserva do Exército)
Carlos César Moretzsohn Rocha (engenheiro e presidente do Instituto Voto Legal)
Giancarlo Gomes Rodrigues (subtenente do Exército)
Guilherme Marques de Almeida (tenente-coronel do Exército)
Marcelo Araújo Bormevet (agente da Polícia Federal e ex-membro da Abin)
Reginaldo Vieira de Abreu (coronel da reserva do Exército)
Segundo a PGR, os réus são acusados de:
Abolição violenta do Estado Democrático de Direito (pena de 4 a 8 anos)
Golpe de Estado (pena de 4 a 12 anos)
Organização criminosa (pena de 3 a 8 anos)
Dano qualificado ao patrimônio da União (pena de 6 meses a 3 anos)
Deterioração de patrimônio tombado (pena de 1 a 3 anos)
Durante o julgamento, os ministros alertaram sobre os efeitos nocivos da desinformação. A ministra Cármen Lúcia comparou as fake news a um “veneno político”, dizendo que a mentira virou instrumento para destruir a confiança nas instituições democráticas.
A mentira é um veneno político plantado socialmente e exponencialmente divulgado por plataformas. Hoje, ela é uma arma digital de destruição institucional
Já o ministro Flávio Dino relembrou casos em que a divulgação de fake news resultou em violência real, como assassinatos motivados por desinformação.
O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, afirmou que as ações do núcleo da desinformação estavam diretamente conectadas ao núcleo político, que incluía Jair Bolsonaro.
As ações ganham ainda mais relevo ao observamos a consonância entre os discursos públicos de Jair Bolsonaro e os alvos da célula infiltrada na Abin
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