População desconhece ações da pasta e questiona se Fabinho é um secretário fantasma
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Fabinho de Heliópolis, atual secretário de Turismo de Belford Roxo, recebe R$ 9.800,00 por mês dos cofres públicos. Um valor considerável, principalmente se levarmos em conta que ninguém sabe exatamente o que ele faz.
Basta uma rápida visita às redes sociais do secretário para notar: nenhuma postagem institucional, nenhuma divulgação de eventos turísticos, nenhuma ação da Secretaria de Turismo. Em vez disso, o que se vê são vídeos de retirada de lixo, pintura de postes e troca de grades em praças.
Atividades como essas são, sim, importantes para o cotidiano da cidade — mas não caberia à Secretaria de Conservação? Qual a relação disso com o turismo?
“Ganhar quase R$ 10 mil para ficar vendo um poste ser pintado, até eu quero”, disse uma moradora do bairro Heliópolis ao Portal de Bel. A fala viralizou nos grupos de moradores, refletindo um sentimento coletivo: o de que Fabinho atua mais como influenciador do que como gestor público.
Afinal, onde está o trabalho da Secretaria de Turismo? Quantas ações voltadas ao setor foram promovidas desde o início do ano? E, principalmente, por que nada disso é divulgado?
A equipe do Portal de Bel tentou contato com a Secretaria de Turismo para saber onde está o secretário. A resposta foi que qualquer questão poderia ser tratada com o subsecretário Raphael Vinicius Fernandes Silva Vieira — ou seja, Fabinho sequer é mencionado nas atividades da própria pasta.
Isso levanta um alerta grave: estamos diante de um secretário-fantasma?
Por definição, o secretário municipal é o chefe de uma pasta e deve:
Executar políticas públicas específicas de sua área
Prestar contas de sua gestão
Planejar ações estratégicas
Divulgar os resultados para a população
Nada disso está sendo cumprido por Fabinho de Heliópolis. Enquanto ele filma caminhões de lixo e postes pintados, o setor turístico da cidade continua invisível.
Além de não mostrar nenhuma política pública da pasta que deveria comandar, Fabinho usa as redes para promover o próprio nome, muitas vezes com a ajuda de servidores comissionados. Isso transforma um cargo técnico e institucional em uma plataforma de autopromoção, sem retorno evidente para a população.
O cargo de secretário é um cargo comissionado, ou seja, indicação política sem concurso público. Mas isso não isenta o ocupante de entregar resultado, ter presença institucional e prestar contas.
Por enquanto, o que temos é apenas um salário alto, pouca atuação pública e muita dúvida.
O Portal de Bel mantém o espaço aberto para que o secretário Fabinho de Heliópolis se manifeste, explique o que tem feito pela cidade, e justifique por que sua pasta parece estar à deriva.
O Portal de Bel está a disposição dos envolvidos caso queiram se manifestar
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