Secretarias de Belford Roxo sem função real ou com função ignorada

Agriculta, Turismo e Cultura são exemplos de secretarias inativas ou mal geridas na Prefeitura de Belford Roxo. Entenda cada caso.

A cidade de Belford Roxo sofre com problemas básicos como falta d’água, saúde precária e escolas em situação de abandono, mas mesmo assim a Prefeitura mantém uma série de secretarias que ou não funcionam, ou não deveriam existir.

Nesta análise, vamos mostrar como algumas dessas pastas estão abandonadas, repetidas ou mal administradas, sem oferecer nenhum benefício real à população.

Fabinho de Heliópolis, Secretário de Turismo. Flavinho, Sec de Meio ambiente. André Carvalho, Sec de Cultura. Adriano Oliveira, Sec de Agricultura

Secretaria de Agricultura: criada só para gerar cargo?

A Secretaria Municipal de Agricultura foi recriada na gestão do atual prefeito Márcio Canella. O problema é que ela não deveria nem existir como secretaria autônoma.

Sabe por quê?

Porque Belford Roxo já tem uma pasta chamada Secretaria de Meio Ambiente, Agricultura e Sustentabilidade, comandada por Flávio Francisco Gonçalves, o Flavinho. Ou seja, a função da Agricultura já está dentro da estrutura oficial da Prefeitura.

Então, a pergunta que fica é:

Por que foi criada outra secretaria só para Agricultura, se ela já existia dentro de outra?

Esse tipo de manobra costuma ser usado para criar novos cargos comissionados, abrir vagas para aliados políticos e aumentar a folha de pagamento, sem necessidade prática.

🚨 E pior: essa “nova” secretaria de Agricultura sequer aparece na lista de secretarias no Portal da Transparência. Coincidência?

Secretaria de Turismo: zero ação, zero função

Outro caso que chama atenção é a Secretaria de Turismo, comandada por Fabio de Souza Fontes, o Fabinho de Heliópolis.

Na prática, essa secretaria não tem nenhuma política ou projeto turístico em andamento.
Não há divulgação de pontos turísticos, incentivo à cultura local, nem ações voltadas ao turismo histórico, ambiental ou cultural.

Enquanto isso, nas redes sociais do secretário, o que aparece é:

  • Instalação de ventilador em posto de saúde

  • Pintura de corrimão em ponte

  • Capina em praça

Tudo menos turismo.

Então, a pergunta é simples:

Por que Fabinho de Heliópolis está à frente de uma secretaria que ele não administra?
E por que a Prefeitura mantém uma estrutura dessa, sem entregar resultado?

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Secretaria de Cultura: confundindo prédio com território

A Secretaria Municipal de Cultura, comandada por André Luiz Carvalho, é uma das pastas mais importantes — ou deveria ser.

Cultura é o que forma a identidade da cidade, educa, transforma e gera pertencimento. Porém, em Belford Roxo, tudo que a secretaria faz fica restrito à Casa de Cultura do bairro Nova Piam.

Não há oficinas em bairros afastados, nenhum trabalho itinerante, ações nas escolas, rodas culturais nas periferias ou incentivo a grupos artísticos locais fora da sede.

A sensação que fica é que o secretário acha que Cultura é só o prédio da secretaria.
Mas não é.

Cultura é a cidade toda. É o rap do bairro, a roda de samba da praça, a poesia das escolas, o teatro do morro.
Não é evento fechado para meia dúzia de convidados.

Outras secretarias que merecem ser observadas

Embora as três citadas sejam os casos mais graves, outras pastas levantam dúvidas e merecem atenção da população:

Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação

Raramente aparece com projetos reais, não há capacitação digital nas escolas, nem iniciativas de inclusão tecnológica nos bairros.

Secretaria de Segurança Pública

Apesar da Guarda Municipal, há denúncias de abandono da tropa, perseguição a servidores e falta de estrutura nas ruas.

FUNBEL (Fundação de Desenvolvimento Social)

Tem orçamento, cargos e estrutura, mas não apresenta ações concretas em grande escala para quem mais precisa — população em vulnerabilidade.

Cargos sem ação, estruturas sem resultado

Belford Roxo sofre com falta de estrutura nos serviços mais essenciais, mas a Prefeitura mantém secretarias que não entregam nada de concreto à população.

É necessário que a população fiscalize, questione e cobre.
E que os órgãos de controle — como o Ministério Público e a Câmara Municipal — cumpram seu papel e apurem a real necessidade dessas estruturas.

Porque não dá mais para aceitar salário de secretário e DAS só para fazer post no Instagram.

O Portal de Bel está a disposição dos envolvidos caso queiram se manifestar

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