Monitoramento da Quaest revela país digital dividido entre apoio e críticas à decisão do ministro Alexandre de Moraes
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O ex-presidente Jair Bolsonaro virou novamente o centro dos debates nas redes sociais após o ministro Alexandre de Moraes decretar sua prisão domiciliar. Segundo monitoramento do Instituto Quaest, a decisão dividiu o país digital: 53% das publicações apoiaram a medida, enquanto 47% criticaram fortemente. A repercussão escancara a polarização política que continua a dominar o debate público no Brasil.
O estudo da Quaest acompanhou 1,16 milhão de postagens entre as principais plataformas — Facebook, Instagram e X (antigo Twitter) — entre os dias 4 e 5 de agosto. Os dados mostram que 53% dos usuários demonstraram apoio à prisão domiciliar, usando termos como “grande dia” e “Bolsonaro preso”.
Por outro lado, 47% das publicações criticaram duramente a decisão do ministro, considerando-a um “abuso de poder” e até uma “vingança política”. A reação foi especialmente intensa entre os apoiadores do ex-presidente.
A prisão domiciliar foi determinada por Alexandre de Moraes no contexto da investigação que apura a atuação de Bolsonaro e de seu filho, deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), contra a soberania nacional.
O ministro argumenta que Bolsonaro vinha descumprindo medidas cautelares impostas pelo STF, o que motivou a ordem de prisão domiciliar. Além disso, o ex-presidente está proibido de receber visitas, salvo de seus advogados ou pessoas expressamente autorizadas pelo Supremo.
Do ponto de vista jurídico, a medida tomada por Alexandre de Moraes está amparada no Código de Processo Penal, especialmente nos artigos que tratam das medidas cautelares diversas da prisão e do descumprimento reiterado dessas medidas.
O episódio mostra que o Brasil continua mergulhado em uma guerra de narrativas. A polarização extrema, alimentada por redes sociais e figuras políticas de ambos os lados, transforma decisões judiciais em batalhas ideológicas.
Mais do que um julgamento técnico, a repercussão da prisão de Bolsonaro expõe uma nação que ainda não conseguiu encontrar um caminho de estabilidade institucional e diálogo democrático. A justiça precisa ser firme — mas também transparente, imparcial e comunicada com clareza à população.
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