Cobranças de Igo resultaram em atualizações no Portal Transparência, mas ele é isolado politicamente, sem assessores e com voz limitada na Câmara.
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O vereador Igo Menezes, único representante da oposição na Câmara de Belford Roxo, vem travando uma luta solitária pela transparência pública e por uma atuação mais ética do legislativo municipal. As cobranças feitas por Igo na tribuna da Câmara resultaram em mudanças concretas: informações começaram a ser publicadas no Portal Transparência, que antes estava completamente desatualizado.
A denúncia de Igo é clara: desde 2024 não havia qualquer dado sobre os gastos da Câmara de Vereadores, algo que contraria a Lei da Transparência (LC 131/2009). Igo afirmou que o site era uma “casca vazia” e cobrou do presidente da Casa, Markinho Gandra, uma resposta.
E a resposta veio: Gandra admitiu em plenário que o portal estava irregular e prometeu atualizar as informações. O curioso é que ele atribuiu o problema à “gestão anterior”, quando ele mesmo já era o presidente da Câmara. A contradição escancara o descaso institucional e o desprezo pela fiscalização popular.
O vereador ainda relatou em plenário e nas redes sociais que sofre perseguição política interna. Igo foi o único parlamentar que votou contra a chapa vencedora na antecipada e polêmica eleição da mesa diretora, ocorrida fora do prazo regimental.
Durante o discurso, Igo afirmou:
“Eu digo não às perseguições e digo não à antecipação dessa votação para que não possa haver diálogo. Eu voto não a essa chapa.”
Além de ser o único voto contrário, Igo não possui assessores parlamentares como os demais vereadores. Seu gabinete conta com apenas um único funcionário, enquanto há gabinetes com diversos assessores — como já revelado em matérias anteriores do Portal de Bel.
A perseguição institucional não para por aí. Igo também revelou que teve negado o direito de utilizar o espaço da Câmara para promover um debate público sobre a falta d’água na cidade — um tema de urgência e de interesse coletivo.
O episódio demonstra o cerceamento da atuação parlamentar, algo gravíssimo para um sistema democrático. O regimento da Câmara prevê o uso do espaço para iniciativas públicas dos vereadores, o que reforça a tese de que o impedimento é político.
Enquanto a maioria dos vereadores atua como linha auxiliar do Executivo, aprovando tudo sem debate ou fiscalização, Igo tem se posicionado de forma firme e coerente. Ele denuncia contratos, cobra explicações e exige transparência. Isso faz dele alvo de boicotes e retaliações internas, mas também o coloca como única voz crítica em um legislativo submisso.
Em breve, o Portal de Bel vai publicar uma matéria completa com a lista de assessores e comissões salariais de todos os gabinetes da Câmara. A comparação deixará ainda mais evidente o isolamento político e institucional a que Igo Menezes vem sendo submetido.
O Portal de Bel está a disposição dos envolvidos caso queiram se manifestar
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