Denúncia anônima revela crise dentro da Guarda Municipal
Recebemos uma denúncia anônima grave envolvendo a rotina de trabalho dos guardas municipais de Belford Roxo. Segundo relatos enviados ao nosso portal, a categoria estaria sendo vítima de abusos institucionais por parte da gestão municipal.
A denúncia expõe uma série de irregularidades que incluem perseguições internas, uso indevido de recursos pessoais e a violação do piso salarial legal da categoria. O caso se agrava diante da falta de diálogo com os representantes da classe e da judicialização de vários desses conflitos.
De acordo com os relatos, os guardas municipais que se recusam a cumprir rondas durante a madrugada — com o suposto objetivo de falsear dados da mancha criminal da cidade — são penalizados com escalas punitivas, sendo forçados a cumprir expediente diurno como forma de retaliação.
Se não aceita trabalhar de madrugada, eles te colocam em expediente como castigo
O Portal teve acesso exclusivo à tabela de escala dos guardas municipais e à ordem de serviço que sustenta essas denúncias. Os documentos mostram alterações que indicam padrões de retaliação, com trocas repentinas de horário e ausência de critérios técnicos.
Outro ponto preocupante apontado pelos guardas é a obrigatoriedade de utilizar seus próprios telefones celulares e pacotes de internet para registrar fotos e vídeos das atividades de patrulhamento. O material seria utilizado nas redes sociais oficiais da Prefeitura de Belford Roxo, o que configura desvio de finalidade e abuso de poder hierárquico.
A gente é obrigado a fazer vídeo, tirar foto e mandar para postarem como se tudo estivesse maravilhoso. Isso é propaganda forçada com nosso suor e equipamento pessoal
Além das denúncias de assédio institucional, os guardas municipais afirmam que não recebem o piso salarial da categoria, conforme estipulado em Lei Municipal. Hoje, os agentes recebem um salário equivalente ao mínimo nacional — R$ 1.412,00 — o que contraria o estabelecido legalmente.
Muitos dos guardas já ingressaram na Justiça contra a Prefeitura de Belford Roxo, cobrando os direitos negados. No entanto, esses profissionais afirmam estar sofrendo perseguições internas após as ações judiciais.
O cenário se torna ainda mais revoltante para os servidores ao comparar a realidade da Guarda Municipal com o lançamento recente do PROES – Programa Educacional e Social, anunciado pelo Prefeito Waguinho (Canela), e que não possui nenhuma transparência, não se sabe os valores gastos e com o que será gasto.
O projeto, que movimenta milhões de reais dos cofres públicos, contrasta com a falta de valorização básica dos profissionais responsáveis pela segurança pública do município.
A denúncia revela um grave quadro de abuso de poder, assédio institucional e precarização do serviço público, colocando os servidores da Guarda Municipal em condições psicológicas e operacionais alarmantes.
O caso está sendo acompanhado por advogados e entidades ligadas aos direitos dos servidores públicos.
O Portal de Bel está a disposição da prefeitura caso queira se manifestar
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