Funcionários de laboratórios da saúde de Belford Roxo seguem sem pagamento
Após promessas e pagamento parcial, profissionais denunciam abandono e exploração
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O que era para ser um serviço essencial e valorizado pela Prefeitura virou mais um escândalo silencioso em Belford Roxo. Os funcionários dos laboratórios de emergência que atendem hospitais e UPAs do município seguem sem receber seus salários corretamente, mesmo após promessas públicas e pagamento parcial.
A empresa Premium, responsável pelos exames laboratoriais em unidades como o Hospital Municipal, Lote XV, Bom Pastor e UPA Infantil, já havia atrasado salários desde janeiro de 2025. Em abril, a situação chegou ao limite: a equipe entrou em greve, e só assim a Prefeitura realizou um pagamento emergencial no dia 16/04, em dinheiro vivo, direto no hospital — algo que chamou atenção por ser incomum e difícil de rastrear.
Depois disso… nada mais foi pago
Recebemos denúncias atualizadas informando que esse foi o único pagamento feito até hoje. Os demais salários continuam em aberto, e muitos funcionários já pediram demissão por desespero e frustração. Outros permanecem por necessidade, mesmo trabalhando sem contrato assinado, carteira ou comprovante de vínculo.
Uma das funcionárias relatou que chegou a trabalhar 24h por dia para cobrir uma colega que saiu, com a promessa de receber o pagamento completo, inclusive hora extra. Resultado? Nada foi pago.
Pagaram um mês, faltam dois — e a confiança foi quebrada
Até hoje, a Prefeitura não quitou o valor total devido. Apenas um mês de salário foi pago, de forma emergencial, e outro mês foi quitado posteriormente, o que significa que dois meses continuam em aberto.
Enquanto isso, os laboratórios seguem operando sem garantias de pagamento, sem contrato legal e com profissionais sobrecarregados. Isso afeta diretamente o atendimento da população, que depende desses exames para diagnósticos de urgência, como:
Suspeitas de infarto;
Infecções graves;
Casos de urgência pediátrica e geriátrica;
Monitoramento de doenças crônicas.
Riscos reais à saúde da população
Sem exames laboratoriais, médicos não conseguem diagnosticar corretamente. Isso significa que vidas podem ser perdidas simplesmente porque não há condições básicas de trabalho para os profissionais da saúde.
O mais alarmante é que a Prefeitura só tomou atitude após ameaça de greve. Se havia dinheiro para um pagamento emergencial em abril, por que os demais não foram quitados?
Por que esperar chegar ao limite da paralisação para agir?
Um retrato da precarização: trabalhar sem receber
Infelizmente, essa não é uma situação isolada em Belford Roxo. Já denunciamos aqui que enfermeiros, técnicos, recepcionistas e até médicos estão atuando sem contratos, sem salário e com promessas falsas de contratação futura.
Agora os laboratórios se somam a esse cenário caótico, com profissionais sendo explorados, ameaçados e abandonados.
Prefeitura e Secretaria de Saúde seguem caladas
Até o momento, nenhuma resposta oficial foi enviada pela Prefeitura ou pelo secretário de Saúde, Eduardo Feital. O silêncio da gestão Márcio Canella sobre mais esse problema é preocupante.
A população precisa de uma resposta urgente. Os funcionários precisam de dignidade. E a cidade precisa de transparência.
Trabalhar sem receber não pode virar regra.
Explorar profissionais da saúde coloca vidas em risco.
A população de Belford Roxo precisa cobrar respeito, responsabilidade e justiça.
O que você acha dessa situação?
Você aceitaria trabalhar sem salário? Acha justo profissionais da saúde viverem assim?
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1 Comentário
Um absurdo fazer isso com o trabalhador. Gente , eles tambem tem família , contas e fome. Isso é uma vergonha