Taxa de desemprego 2025 atinge 7% no primeiro trimestre, o menor índice da série histórica iniciada em 2012, segundo dados do IBGE
A taxa de desemprego no Brasil caiu para 7% no primeiro trimestre de 2025, o menor nível já registrado para esse período desde o início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), do IBGE, iniciada em 2012. Até então, o recorde era de 7,2%, registrado no primeiro trimestre de 2014.
Esse novo patamar representa uma queda expressiva de quase um ponto percentual em relação ao mesmo período de 2024, quando a taxa estava em 7,9%. Na prática, isso significa uma redução de 10,5% no número de desempregados no país em comparação com o primeiro trimestre do ano anterior.
Apesar de uma leve alta no desemprego no último trimestre de 2024, considerada sazonal pelos analistas, o desempenho positivo do mercado de trabalho foi mantido.
O bom desempenho do mercado de trabalho nos últimos trimestres não chega a ser comprometido pelo crescimento sazonal da desocupação no último trimestre de 2024.
O número de trabalhadores com carteira assinada se manteve estável, totalizando 39,4 milhões de pessoas. Já o número de empregados sem carteira assinada caiu 5,3% na comparação com o trimestre anterior, o equivalente a 751 mil trabalhadores a menos nessa condição.
Segundo o IBGE, a queda no emprego informal foi puxada principalmente pelos setores de Construção, Serviços Domésticos e Educação.
Na comparação com o mesmo período de 2024, vários setores da economia ampliaram o número de ocupados. Entre os destaques:
Administração pública, saúde e educação: +713 mil empregos (+4%)
Comércio e reparação de veículos: +592 mil empregos (+3,1%)
Informação, comunicação e atividades financeiras e administrativas: +518 mil (+4,1%)
Indústria geral: +431 mil (+3,3%)
Transporte e armazenagem: +253 mil (+4,4%)
Outro dado positivo foi o aumento do rendimento médio real do trabalhador, que chegou a R$ 3.410 — o maior da série histórica. Isso representa uma alta de 1,2% em relação ao trimestre anterior e de 4% em comparação ao primeiro trimestre de 2024.
Os maiores crescimentos de rendimento foram registrados nos seguintes setores:
Construção: +5,7% (R$ 141 a mais)
Agricultura, pecuária, pesca e afins: +5,5% (R$ 111 a mais)
Administração pública e serviços sociais: +4,1% (R$ 189 a mais)
Informação, comunicação e finanças: +4,1% (R$ 189 a mais)
Serviços domésticos: +3,6% (R$ 45 a mais)
Com a combinação de desemprego em queda e renda em alta, especialistas veem com otimismo a recuperação do mercado de trabalho brasileiro. A continuidade da formalização e o crescimento em setores estratégicos indicam que o país pode manter essa tendência de melhora ao longo de 2025.
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