Mesmo proibida de contratar, Câmara agora pega “emprestado” servidores pagos pela Prefeitura
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A Câmara Municipal de Belford Roxo, que está proibida pela Justiça de contratar novos funcionários, encontrou um jeitinho para continuar inchando sua equipe. Nesta semana, dois servidores da Prefeitura foram cedidos para a Câmara, com os salários pagos pela própria Prefeitura.
Isso mesmo: a Câmara ganha dois funcionários novos, mas quem paga é a prefeitura.
Segundo o Diário Oficial de 05/06/2025, os dois servidores foram formalmente cedidos para a Câmara:
📌 Edgar Trajano da Costa
Cargo: Ajudante de Rastilheiro
Lotação original: Secretaria de Conservação
Continua sendo pago pela Prefeitura
📌 Leonardo Araújo Marques
Cargo: Guarda Municipal
Lotação original: Secretaria de Segurança Pública
Também continua sendo pago pela Prefeitura
A Câmara de Vereadores de Belford Roxo está proibida por decisão judicial de fazer novas contratações, reajustes ou nomeações, por conta do excesso absurdo de funcionários e dos gastos estourados com pessoal.
Mesmo assim, consegue mais dois servidores, só que agora por meio de cessão da Prefeitura, que arca com os salários.
🛑 Ou seja: os gastos continuam aumentando, de forma indireta, burlando a decisão judicial.
A própria decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro apontou que a Câmara:
Já ultrapassou o limite legal de gastos com pessoal;
Chegou a ter mais de 500 funcionários, número incompatível com o tamanho e estrutura da cidade;
Esconde a folha salarial, dificultando a transparência;
Foi responsabilizada por nomeações indevidas e prejuízo aos cofres públicos.
E agora, mesmo sem poder contratar, recebe reforço pago com o dinheiro do povo.
A pergunta que não quer calar é:
Se a Câmara já tem funcionários demais, por que precisa de mais dois?
A cidade está cheia de demandas urgentes, como falta de médico, professores e material escolar.
Mas o dinheiro continua sendo usado para aumentar a máquina pública de quem não pode contratar legalmente.
Mais uma manobra para manter aliados e inchar a estrutura política da cidade.
A população, que já paga salários de quase 14 mil servidores municipais, agora vai bancar funcionários que saem da Prefeitura para reforçar uma Câmara já condenada por excesso de pessoal.
A Câmara deveria justificar por que precisa de mais gente, mesmo proibida de contratar.
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