Assédio contra educadora em Belford Roxo
Funcionária da Educação denuncia assédio e ameaças após cobrar pagamento atrasado em creche de Belford Roxo.
Uma nova denúncia, gravíssima, chegou ao Portal de Bel e revela o nível de desrespeito, assédio e precarização vivido por funcionárias da Secretaria Municipal de Educação de Belford Roxo, principalmente em creches como as do Jardim Gláucia e do Bom Pastor.
Já havíamos noticiado que profissionais dessas unidades estão há semanas sem receber a DJ (Dupla de Jornada), sem qualquer previsão de pagamento. Agora, prints de conversas obtidos com exclusividade mostram que a situação é ainda mais grave: há ameaças, deboche e uma gestão paralela conduzida por “padrinhos de escola” — algo totalmente irregular.
Parente da secretária debocha e ameaça funcionária
A denúncia envolve diretamente Fernanda Boechat, que ocupa cargo na Comissão de Avaliação dos Projetos Pedagógicos e Educacionais da SEMED e é parente da secretária de Educação, Sheila Boechat.
Em prints enviados ao Portal de Bel, uma funcionária da creche Jardim Gláucia cobra o pagamento da DJ e relata que está trabalhando sem salário e ainda precisando comprar material escolar do próprio bolso. A resposta de Fernanda foi autoritária, desrespeitosa e repleta de absurdos.
Confira os principais trechos da conversa:
🗨️ Funcionária: “Sou da creche do Jardim Gláucia, estamos sem receber a DJ e ninguém dá explicação. Já falei com meu padrinho…”
🗨️ Fernanda: “Minha querida, como foi passado pras gestoras, a DJ é um processo administrativo e não tem dia certo para o pagamento. Vocês têm que trabalhar e aguardar o prefeito. O pagamento será feito, mas sem data.”
🗨️ Funcionária: “Está impossível trabalhar sem receber. Eu compro folha, lápis de cor… Segunda eu não vou trabalhar sem salário.”
🗨️ Fernanda: “Folha e lápis é com o padrinho da escola. Se não for trabalhar, terá a DJ cancelada e o contrato quebrado. Vou falar com a Sheila e pedir para cobrar o padrinho da unidade.”
🗨️ Funcionária: “Absurdo. O prefeito criticava o antigo e faz igual. Ganhamos só R$ 1404 e nem isso recebemos.”
🗨️ Fernanda: “Então estuda e passa no concurso que ganha mais. Segunda seu trabalho te espera.”
Vários crimes e irregularidades em uma única conversa
A conversa mostra múltiplos abusos e possíveis ilegalidades, que precisam ser investigados imediatamente pelas autoridades competentes:
Assédio moral: A funcionária é ameaçada de ter o contrato cancelado por se recusar a trabalhar sem pagamento — o que é ilegal.
Gestão paralela por “padrinhos”: Fernanda afirma que o material escolar deve ser fornecido por “padrinhos” — prática sem amparo legal.
Desvio de função e influência política: Fernanda usa seu cargo e laços familiares com a secretária para ameaçar funcionárias e articular ações dentro da pasta.
Desumanidade e deboche: Ao dizer “então estuda e passa no concurso”, ela despreza a realidade financeira e emocional da profissional, que está sem salário e com despesas pessoais para exercer sua função.
Cadê o dinheiro da Educação?
A Prefeitura de Belford Roxo recebe regularmente verbas federais para a manutenção da educação, incluindo pagamento de pessoal e compra de materiais. O Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), por exemplo, não parou de ser repassado em nenhum momento.
A grande pergunta é:
👉 Se o dinheiro está chegando, por que os salários não estão sendo pagos?
👉 Para onde estão indo os recursos para material escolar?
É inaceitável que a gestão do prefeito Márcio Canella se esconda atrás de processos administrativos enquanto servidoras mal remuneradas trabalham sem salário e sob ameaça.
Ditadura e medo: quem questiona, é punido
A mensagem de Fernanda expõe um clima de ditadura institucionalizada na Educação: quem reclama, é ameaçado de demissão.
Isso fere diretamente os princípios da administração pública, os direitos trabalhistas e desrespeita a dignidade humana das educadoras.
Estamos diante de uma estrutura de poder baseada em intimidação, apadrinhamento e desinformação, onde profissionais são tratados como descartáveis.
Basta de abusos e silêncio
O Portal de Bel exige esclarecimentos imediatos da Secretaria Municipal de Educação de Belford Roxo, da Controladoria Geral do Município e do próprio prefeito:
Onde está a verba da educação?
Quem autoriza o uso de “padrinhos” nas unidades escolares?
Por que servidores são ameaçados por cobrarem seus direitos básicos?
Educação se faz com respeito, valorização e dignidade.
Belford Roxo não pode aceitar calada esse tipo de prática.
Vamos seguir denunciando e fiscalizando.
O Portal de Bel está a disposição dos envolvidos caso queiram se manifestar
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