Estudo aponta aumento da insatisfação popular em meio à alta da inflação e desafios econômicos.
Uma pesquisa recente realizada pelo instituto Quaest indica uma queda significativa na aprovação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em oito estados brasileiros. O levantamento, conduzido entre os dias 19 e 23 de fevereiro de 2025, destaca que a insatisfação popular tem crescido, especialmente devido ao aumento da inflação e ao encarecimento de itens básicos, como o café.
De acordo com o estudo, 44% dos entrevistados avaliam negativamente a administração atual, um aumento em relação aos 31% registrados em novembro de 2024. A aprovação caiu de 35% para 29% no mesmo período. Além disso, 55% dos participantes desaprovam o desempenho pessoal de Lula como presidente, enquanto 40% manifestam aprovação. Esses números refletem uma crescente preocupação da população com a economia do país.
A inflação anual do Brasil atingiu 4,96% em meados de fevereiro, o índice mais alto desde o final de 2023. Itens essenciais, como o café, sofreram aumentos expressivos de preço, afetando diretamente o cotidiano dos brasileiros. Em São Paulo, por exemplo, o preço de um pacote de um quilo de café chegou a R$ 145, gerando indignação entre os consumidores. Esse cenário tem contribuído para a queda na popularidade do presidente, uma vez que a população sente no bolso os efeitos da alta nos preços.
A diminuição na aprovação do governo ocorre em um momento delicado, com a aproximação das eleições presidenciais previstas para o próximo ano. Embora Lula, de 79 anos, possa concorrer à reeleição, sua saúde tem sido motivo de preocupação. Enquanto isso, seu principal rival político, o ex-presidente Jair Bolsonaro, está impedido de disputar cargos públicos. Analistas políticos apontam que o governo precisa abordar com urgência as questões econômicas, especialmente o aumento dos preços, para reconquistar a confiança do eleitorado.
Em resposta à crescente insatisfação, o governo tem considerado a implementação de medidas para aliviar a pressão econômica sobre a população. Entre as propostas estão a isenção de impostos para trabalhadores de baixa renda e a distribuição de auxílios, como gás de cozinha e medicamentos, para as famílias mais necessitadas. No entanto, especialistas alertam que tais iniciativas precisam ser cuidadosamente planejadas para evitar impactos negativos nas contas públicas e na inflação.