Rússia ameaça guerra nuclear caso Ucrânia tente retomar territórios ocupados

Assessor de Putin afirma que isso seria “o fim do planeta” e compara conflito ao Cáucaso

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Putin disse que apoia ideia de um cessar-fogo com a Ucrânia, mas quer discutir condições. Foto: Reprodução

A tensão no conflito entre Rússia e Ucrânia chegou a um novo patamar nesta segunda-feira (9), após o assessor do presidente russo Vladimir Putin, Vladimir Medinski, ameaçar uma guerra nuclear caso a Ucrânia — com apoio da Otan — tente recuperar os territórios ocupados pelas tropas russas.

Segundo a agência estatal russa Tass, Medinski, que também lidera a delegação da Rússia nas negociações de paz, declarou:

“Será o fim do planeta. Se não houver um acordo real e a Ucrânia tentar retomar os territórios, haverá guerra nuclear.”

A ameaça nuclear: o que está em jogo

Atualmente, cerca de 20% do território ucraniano está sob controle russo, incluindo regiões do Donbas, Kherson e Zaporíjia, além da Crimeia, anexada em 2014.

Para a Ucrânia, a retomada dessas áreas é uma condição essencial para qualquer cessar-fogo. Já para a Rússia, a exigência é o oposto: manter o controle dos territórios ocupados e impedir a entrada da Ucrânia na Otan.

“Se apenas interrompermos a guerra e deixarmos uma linha de frente congelada, isso vai virar outro Carabaque”, disse Medinski, citando a disputa entre Armênia e Azerbaijão como analogia.

Cenário diplomático: paz ou fim do mundo?

Apesar do tom ameaçador, Rússia e Ucrânia iniciaram negociações diretas recentemente. Duas rodadas já ocorreram, e uma nova reunião ainda não tem data marcada.

Enquanto isso, os ataques continuam dos dois lados, com destaque para uma ação surpreendente da Ucrânia, que destruiu 41 aviões russos usando drones escondidos em caminhões dentro do território da Rússia.

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Troca de prisioneiros reacende esperança

Prisioneiros de guerra ucranianos libertados pela Rússia celebram ao chegarem em solo ucraniano, em 9 de junho de 2025. — Foto: Presidência da Ucrânia via Reuters

Mesmo em meio à ameaça nuclear, houve avanço humanitário: Rússia e Ucrânia realizaram nesta segunda uma nova troca de prisioneiros de guerra, priorizando jovens com menos de 25 anos e feridos graves.

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky confirmou o início do processo, que ocorrerá em etapas nos próximos dias.

“Estamos fazendo de tudo para trazer de volta cada uma das pessoas”, declarou.

Segundo Medinski, 640 nomes já foram entregues à Ucrânia em uma primeira lista. No total, está prevista a troca de 1.200 prisioneiros para cada lado e a repatriação de milhares de corpos.

Perigo real ou chantagem política?

A fala de Vladimir Medinski intensifica o clima de ameaça global no momento em que o mundo começa a vislumbrar uma possível resolução diplomática.
A ameaça de guerra nuclear pode ser vista como um instrumento de pressão da Rússia para forçar um acordo nos seus próprios termos — ou, pior, como um sinal de radicalização caso as negociações fracassem.

Neste cenário, a comunidade internacional precisa agir com firmeza, mas também com cautela, para evitar uma escalada sem precedentes.

Explicando de forma simples: o que isso significa?

  • A Rússia quer manter os territórios invadidos e diz que, se a Ucrânia tentar retomar à força, pode começar uma guerra com armas nucleares.

  • A Ucrânia quer seus territórios de volta e não aceita um acordo que mantenha o que a Rússia tomou.

  • O mundo está preocupado porque a ameaça nuclear afeta todos os países, não só quem está em guerra.

O Portal de Bel está a disposição dos envolvidos caso queiram se manifestar

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