Falta de médicos, remédios e respeito com o povo revolta usuários do SUS
Moradores de Belford Roxo estão indignados com o abandono das unidades de saúde da Atenção Básica (APS), como postos e clínicas da família. Segundo relatos de usuários, o atendimento é precário desde a recepção até os consultórios, com falta de médicos, ausência de medicamentos e longas esperas.
A situação é grave, especialmente porque a Atenção Básica é o primeiro contato da população com o SUS, e deveria funcionar de forma eficiente, segundo o próprio Ministério da Saúde. Mas na prática, o que deveria ser porta de entrada se transformou em um pesadelo para os pacientes.
Desde que o ex-prefeito Waguinho deixou o cargo em dezembro de 2024, a gestão da saúde passou a ser comandada pelo prefeito Márcio Canella e pelo secretário de Saúde Eduardo Macedo Feital, ex-vereador de Duque de Caxias.
Já se passaram mais de cinco meses, tempo suficiente para mostrar serviço — mas, segundo os moradores, as unidades seguem abandonadas.
A justificativa de que “a culpa é da gestão anterior” já não cola mais, e a população cobra ação imediata.
Segundo relatos, a única parte que ainda funciona de forma razoável na rede municipal é o setor de emergência, e mesmo esse mérito seria da gestão passada. Muitas pessoas reconhecem que a estrutura de emergência foi deixada pronta por Waguinho, e agora apenas se mantém em funcionamento, apesar das falhas no restante da rede.
A crise não é por falta de dinheiro. A receita prevista para 2025 em Belford Roxo é de R$ 1,272 bilhão. Até o fim de maio, a prefeitura já arrecadou R$ 564,3 milhões, uma média de R$ 112,8 milhões por mês.
Desse total, R$ 98 milhões foram repassados pelo Fundo Nacional de Saúde (FNS), destinados justamente para o cuidado com a rede pública de saúde municipal. Ou seja, o dinheiro está entrando — o que falta é gestão, planejamento e prioridade com o povo.
Enquanto o dinheiro entra, quem depende do SUS segue enfrentando filas, má vontade, descaso e abandono. Muitas mães relatam que não há pediatras disponíveis, idosos não conseguem consultas de rotina, e faltam remédios básicos como dipirona, antibióticos e até medicamentos controlados.
A saúde é um direito constitucional, e o mínimo que a população espera é respeito, acesso e dignidade no atendimento.
Estaremos atentos aos próximos passos do prefeito Canella e do secretário Eduardo Feital. A população não pode mais esperar, e a saúde precisa voltar a ser prioridade em Belford Roxo.
Se você também está enfrentando problemas nas unidades de saúde, nos envie seu relato. Sua voz será ouvida.
O Portal de Bel está a disposição dos envolvidos caso queiram se manifestar
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