SEPE denuncia atrasos, exclusões e falta de transparência nos pagamentos

Profissionais da educação denunciam exclusões, falta de reajuste e transparência nos pagamentos em Belford Roxo.

O Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (SEPE) de Belford Roxo lançou um comunicado contundente denunciando o tratamento desigual, atrasos salariais e a completa ausência de transparência por parte da prefeitura com os trabalhadores da educação.

O sindicato reforça que representa todos os profissionais dentro de uma unidade escolar: professores, merendeiras, administrativos, terceirizados, auxiliares e zeladores. A SEPE alertou que o atual governo tenta dividir as categorias, ignorando que todas essas funções são parte essencial do funcionamento da educação.

Comunicado da SEPE

Só professores concursados receberam parte do salário atrasado

De acordo com o SEPE, no dia 30 de abril, foi creditado nas contas dos professores concursados a primeira parcela do salário atrasado de dezembro de 2024, além do pagamento referente a abril de 2025 com reajuste.

Porém, não há transparência no que foi efetivamente pago. O contra-cheque dos profissionais não está acessível, o que impede qualquer conferência real dos valores. Segundo o sindicato, os professores estão “às cegas”, sem saber se receberam corretamente.

O portal transparência da prefeitura informa que nenhum contra-cheque foi carregado ainda, ou seja, os servidores não tem acesso aos seus próprios contra-cheque.

Página dos contra-cheques no portal transparência de Belford Roxo.

Contratados e outras categorias ficaram de fora

A denúncia mais grave é que nenhuma outra categoria da educação recebeu a parcela atrasada. Merendeiras, terceirizados, administrativos e até professores contratados foram ignorados, sem qualquer justificativa oficial.

Além disso, a quebra de isonomia salarial entre professores efetivos e contratados é mais uma ferida aberta: os contratados não foram incluídos no reajuste de abril. Para a SEPE, isso fere os princípios da igualdade e do respeito à categoria.

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Prática antiga: dividir para calar

O sindicato também criticou a prefeitura por repetir práticas antigas, comuns em governos anteriores, de negligenciar reajustes e atrasar salários, especialmente para as categorias mais vulneráveis.

A SEPE já acionou o departamento jurídico para tomar as medidas cabíveis na Justiça, exigindo o pagamento dos valores atrasados a todos os profissionais e a garantia do reajuste para todas as categorias da educação municipal.

Reajuste abaixo do necessário

Outro ponto levantado pela entidade é que o reajuste concedido não atende às perdas salariais reais. Sem documentos, sem transparência e sem diálogo com a categoria, o sindicato afirma que não há como saber a porcentagem ou base de cálculo usada pela prefeitura.

Uma gestão sem diálogo

A gestão municipal é acusada de agir sem comunicação com os profissionais e sem nenhum compromisso com a valorização da educação pública. O silêncio da prefeitura aprofunda a indignação e fortalece o movimento da categoria.

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