SEPE Belford Roxo denuncia: reajuste de Canella não cumpre a lei

Prefeito dá aumento abaixo do Piso Nacional e gera revolta

O SEPE (Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação) de Belford Roxo divulgou um documento nesta semana denunciando que o reajuste salarial concedido pelo prefeito Márcio Canella aos professores é irregular e não cumpre o que determina a legislação federal.

De acordo com o levantamento feito pelo SEPE:

O aumento de 40% concedido pela prefeitura não alcança o valor do Piso Nacional do Magistério 2025.
A tabela salarial proposta ainda apresenta defasagem salarial para todos os níveis de tempo de serviço.
A gestão não negociou o reajuste com o sindicato ou a categoria, desrespeitando o direito à participação dos servidores.

Segundo a tabela oficial, os prejuízos para os servidores seriam:

Tempo de Serviço	Piso Nacional (R$)	Proposta da Prefeitura (R$)	Diferença (R$)
10 a 15 anos	2.629,44	2.235,56	393,88
25 anos	3.268,90	2.779,24	489,66

O "aumento cala-boca" de Canella

A decisão do prefeito Márcio Canella de conceder um reajuste salarial, mesmo irregular, é vista por muitos como uma tentativa de calar a classe e sair como herói para a opinião pública.

🔴 Porém, um “herói” que age contra a lei:

O reajuste deveria seguir o valor do Piso Nacional (R$ 2.433,87 para 20h semanais)
Deveria respeitar o Plano Municipal de Educação e abrir diálogo com a categoria

Na prática, o prefeito realizou uma “jogada de marketing”, mas a valorização real dos professores continua sendo negligenciada.

Outros pontos cobrados pelo SEPE

O documento também destaca:

❌ Ausência de pagamento do salário de dezembro (não quitado até hoje);
❌ Falta de pagamento correto do 1/3 de férias;
❌ Descumprimento do Plano de Cargos e Salários do Magistério;
❌ Não implementação da progressão de carreira.

O que é a progressão de carreira?

Progressão de carreira é o direito do servidor de crescer dentro da carreira através de:

Tempo de serviço
Qualificação adicional (cursos, graduação, pós-graduação)

Sem esse direito, os profissionais ficam “congelados” no mesmo salário, desmotivando a formação continuada e prejudicando a qualidade da educação.

Veja o documento completo CLICANDO AQUI.