Fernando Collor é preso por corrupção
Ex-presidente Fernando Collor é preso em Maceió após condenação por corrupção e lavagem de dinheiro no caso BR Distribuidora.
Na madrugada desta sexta-feira, 25 de abril de 2025, o ex-presidente Fernando Collor de Mello foi preso em Maceió, Alagoas, por volta das 4h da manhã. A detenção ocorreu enquanto ele se preparava para viajar a Brasília, onde pretendia se apresentar espontaneamente para cumprir a pena determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Collor está custodiado na Superintendência da Polícia Federal em Maceió.
Condenação por corrupção e lavagem de dinheiro
Em maio de 2023, o STF condenou Collor a oito anos e dez meses de prisão em regime fechado, além de 90 dias-multa, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A acusação envolvia o recebimento de aproximadamente R$ 20 milhões em propinas entre 2010 e 2014, em troca de facilitação de contratos entre a BR Distribuidora, então subsidiária da Petrobras, e a empresa UTC Engenharia.
O ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou a prisão imediata de Collor após rejeitar os embargos de declaração e infringentes apresentados pela defesa. Moraes considerou que os recursos tinham caráter protelatório e que a execução da pena deveria ocorrer imediatamente, conforme precedentes da Corte.
Histórico político de Fernando Collor
Fernando Collor foi o primeiro presidente eleito por voto direto após a ditadura militar, assumindo o cargo em 1990. Em 1992, renunciou à presidência em meio a um processo de impeachment por denúncias de corrupção. Posteriormente, foi eleito senador por Alagoas em 2006, cargo que ocupou até 2023. Durante seu mandato no Senado, foi denunciado em 2015 pela Procuradoria-Geral da República no âmbito da Operação Lava Jato.
Repercussão e próximos passos
A prisão de Collor marca mais um capítulo na série de condenações de ex-presidentes brasileiros por corrupção, reforçando a atuação do Judiciário no combate à impunidade. A defesa de Collor afirmou ter recebido a decisão com “surpresa e preocupação”, mas garantiu que ele se apresentaria para cumprir a determinação judicial.
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1 Comentário
Uma prisão que já era pra ter sido feita, mas… antes tarde do que nunca.