Irmão do Secretário de Belford Roxo é alvo da PF em escândalo de corrupção e orgias milionárias

Didê, nome forte da política carioca, é irmão do secretário de Defesa Civil de Belford Roxo e virou personagem central de um dos maiores escândalos do Rio

Didê, como é conhecido Davi Perini Vermelho, é uma das figuras mais influentes da política do Rio de Janeiro. Ex-bombeiro, operador político e considerado homem de confiança do ex-governador Cláudio Castro, Didê foi alçado a cargos estratégicos — e milionários.

Seu nome se tornou ainda mais polêmico após investigações da Polícia Federal revelarem fraudes em contratos públicos, lavagem de dinheiro, financiamento de campanhas via caixa dois e envolvimento em festas sexuais com políticos dentro de uma mansão no Rio de Janeiro.

A justiça determinou o bloqueio de R$ 3,5 bilhões dos investigados e a suspensão das atividades de 8 empresas ligadas ao esquema.

Davi Perini Vermelho, o Didê. Reprodução: redes sociais.

A “mansão da suruba” e o pânico na política fluminense

O caso ganhou repercussão nacional após ser revelado que a mansão de Didê, avaliada em milhões, era palco de festas escandalosas com participação de figuras públicas de peso.

Nos vídeos encontrados durante a operação, aparecem mulheres nuas, práticas sexuais em grupo, consumo de bebidas caras e, supostamente, a presença de políticos de todas as esferas.

Cerca de 20% dos parlamentares da ALERJ podem ser atingidos pelas investigações. O escândalo promete reverberar por todo o estado.

Conexão com Belford Roxo: Didê indicou o irmão para cargo na prefeitura

Segundo fontes internas da prefeitura, Didê foi responsável direto pela nomeação do irmão, Evalder Perini Vermelho, como secretário de Defesa Civil de Belford Roxo.

A nomeação levanta sérias dúvidas sobre o uso de cargos públicos como moeda de troca e apadrinhamento político.

Davi Perini Vermelho, o prefeito de Belford Roxo, Márcio Canella, o deputado estadual Delegado Carlos Augusto e o vereador de Nova Iguaçu Igor Porto. Foto: Redes Sociais

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R$ 500 milhões em caixa: Didê comandava o Instituto Rio Metrópole

Didê e o governador Claudio Castro. Foto: Reprodução

Didê também foi presidente do Instituto Rio Metrópole, com um orçamento de meio bilhão de reais, oriundo da privatização da CEDAE.

Parte desses recursos pode ter sido desviada para campanhas e enriquecimento ilícito. A sede do Instituto foi alvo de busca e apreensão na operação da PF.

O que pode acontecer agora?

Fontes apontam que Didê teria dito a aliados: “Não vou cair sozinho“. Isso significa que uma delação premiada pode atingir prefeitos, deputados, um senador e secretários estaduais.

Caso comprovadas, as irregularidades podem resultar em prisões, cassações e suspensão de direitos políticos em larga escala.

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