Fábrica de picolés de Belford Roxo é interditada após consumidora encontrar barata em produto

Incidente ocorreu na Praia do Recreio dos Bandeirantes; autoridades investigam condições sanitárias da empresa

Foto Reprodução Internet

Uma fábrica de picolés localizada em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, foi interditada pelas autoridades após uma consumidora encontrar uma barata dentro de um de seus produtos. O incidente ocorreu na Praia do Recreio dos Bandeirantes, no Rio de Janeiro, e ganhou ampla repercussão nas redes sociais.

Durante o Carnaval, uma banhista adquiriu um picolé da marca Doce Verão enquanto aproveitava o dia na praia. Ao consumir o produto, percebeu a presença de uma barata em seu interior. O momento foi registrado por outro frequentador da praia, Maurício Fernando, que compartilhou o vídeo nas redes sociais. No vídeo, é possível ouvir Maurício comentando: “Coisas que só acontecem no Recreio: picolé que a menina acabou de comprar. Olha só o que tem, uma barata grande. Atenção aí, meu povo.”

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Repercussão e medidas adotadas:

A publicação rapidamente viralizou, levantando questionamentos sobre os padrões de higiene na fabricação e comercialização de alimentos nas praias cariocas. Diante da situação, a Vigilância Sanitária iniciou uma investigação para identificar a origem do problema, analisando o lote do picolé e inspecionando a fábrica em Belford Roxo. Caso seja constatada contaminação durante a produção, a Doce Verão poderá ser responsabilizada por negligência sanitária, enfrentando sanções previstas na legislação brasileira, como multas administrativas, interdição parcial ou total da fábrica e recolhimento de lotes do produto no mercado.

Este não é um caso isolado na região. Em fevereiro de 2025, uma fábrica clandestina de gelo no bairro Parque São José, também em Belford Roxo, foi interditada por operar sem licenças adequadas e utilizar substâncias tóxicas no processo de fabricação, colocando em risco a saúde pública e o meio ambiente. Além disso, foi constatado furto de energia elétrica no local.

Especialistas sugerem ações para prevenir situações semelhantes, incluindo:

  • Fiscalização regular: Aumentar a presença de agentes da Vigilância Sanitária em locais de produção e venda de alimentos, especialmente em áreas de grande circulação, como praias.

  • Treinamento de vendedores: Oferecer cursos sobre manuseio e armazenamento de alimentos para ambulantes e funcionários de fábricas.

  • Rastreabilidade: Exigir que os produtos vendidos tenham informações claras sobre origem e validade.

  • Conscientização: Promover campanhas para alertar os consumidores sobre os riscos de comprar de fontes não confiáveis.

Essas iniciativas podem fortalecer a segurança alimentar e restaurar a confiança dos consumidores, mas dependem de coordenação entre autoridades e comerciantes.