Agentes de Endemias e Saúde em Belford Roxo sofrem com salários atrasados e falta de estrutura

Mesmo sem receber, profissionais ainda precisam bancar seus próprios EPIs e transporte para trabalhar

Foto Reprodução Internet

A situação dos Agentes de Combate às Endemias Agentes de Saúde em Belford Roxo é alarmante. Profissionais essenciais para a saúde pública estão sendo obrigados a trabalhar sem receber seus direitos básicos. Salários atrasados, falta de reajuste e ausência de benefícios como passagem e alimentação fazem parte da dura realidade desses trabalhadores.

O edital do processo seletivo prevê um salário base de R$ 2.640,00 para uma carga horária de 40 horas semanais, mas até agora os agentes não receberam seus pagamentos de forma regular. Além disso, o piso da categoria não foi reajustado conforme previsto.

O problema não para por aí: os profissionais estão tendo que arcar do próprio bolso com Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), como bonés, guarda-chuvas, protetor solar e até uniformes. Sem estrutura adequada, enfrentam diariamente o sol escaldante e condições precárias de trabalho.

Trabalhando fora do bairro e pagando do próprio bolso

Outro ponto crítico é que os agentes estão sendo deslocados para bairros distantes de suas casas, sem receber o vale-transporte ou auxílio-alimentação, sendo obrigados a cobrir esses custos sozinhos.

Além disso, o sistema de lançamento de atividades está fora do ar, o que impede a comprovação dos atendimentos feitos. Isso pode gerar um problema ainda maior: como provar que estão cumprindo suas funções, se não há registros oficiais? Essa situação pode abrir brechas para exonerações injustas.

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Regime especial e estabilidade dos agentes

ale lembrar que os Agentes de Combate às Endemias e Agentes de Saúde seguem um regime especial. De acordo com a Lei Federal nº 11.350, de 5 de outubro de 2006, a administração pública somente pode rescindir unilateralmente o contrato desses profissionais nas seguintes hipóteses:

  • Prática de falta grave, conforme previsto no art. 482 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT);
  • Acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas;
  • Necessidade de redução de quadro de pessoal, por excesso de despesa, nos termos da Lei nº 9.801, de 14 de junho de 1999;
  • Insuficiência de desempenho, apurada em procedimento de avaliação periódica, assegurada ampla defesa.

Portanto, os agentes só podem ser desligados em casos específicos, garantindo-lhes uma certa estabilidade no emprego. A atual falta de estrutura e condições adequadas de trabalho não apenas desrespeita os direitos desses profissionais, mas também compromete a saúde pública do município.

Até quando os agentes de endemias serão ignorados?

A prefeitura de Belford Roxo precisa se posicionar! A saúde pública depende do trabalho desses profissionais, e a falta de estrutura impacta diretamente a qualidade do serviço prestado à população.

📢 Vamos continuar cobrando! Acompanhe nosso blog para mais atualizações sobre esse caso!